Power Ranking Semana 4
Eduardo Dezan
02/10/2018 10:29 • Atualizado em 02/10/2018 11:12
Mais uma semana foi para a conta e mais um power ranking saindo quentinho do forno. Hoje vou fazer um exercício diferente e aproveitando que temos uma estabilidade nas quatro primeiras posições, vou tentar dissecar os quatro primeiros colocados e explicar porque eu acho que eles estão acima dos demais na NFL no momento.
- Rams: A grande mudança dos Rams ano passado foi a chegada do jovem técnico ofensivista Sean McVay. Tido como uma das melhores mentes ofensivas da liga, apesar da pouca idade conseguiu fazer o então segundo anista Jared Goff brilhar, se aproveitar do ótimo running back Todd Gurley e viu despontar uma estrela no então rookie wide receiver Cooper Kupp. Após uma ótima campanha e uma queda nos playoffs para os Falcons onde parece que faltou experiência ao jovem time, a diretoria do Rams resolveu dar "all in". Gastando escolhas de drafts em trocas, pagando salários altos, os Rams estão apostando tudo no agora, nesse ano e nos próximos que estão por vir com essa base montada. Trouxeram uma verdadeira constelação de reforços: Brandin Cooks (ex-Saints e Patriots) para as ameças verticais, Suh (ex-Dolphins) para pressionar o QB adversário e Marcus Peters (ex-Chiefs) para interceptar o adversário. Deram um pouco de azar na contratação de Aqib Talib (ex-Broncos) que se lesionou e deve retornar apenas no fim da temporada regular. Seja como for, é um elenco estrelado e que está conseguindo corresponder em campo.
- Chiefs: Se houve alguma surpresa com a troca de Alex Smith para os Redskins, isso está completamente superado. Patrick Mahomes é a grande sensação da liga no momento. Com uma força sobrenatural no braço, mentalidade vencedora, excelente leitura de campo e muita presença de pocket é candidato sério ao título MVP da temporada. O time de Andy Reid conta ainda com Kareem Hunt, running back que é uma ameaça tanto no jogo terrestre quanto no aéreo; Travis Kelce, que se não fosse por Gronkowski seria considerado o melhor tight end da liga disparado e Tyreek Hill, wide receiver que faz jogadas acontecerem e é um retornador extraordinário de punts, uma espécie em extinção. É difícil imaginar esse ataque sendo parado em menos de 24 pontos em situações normais, nem o Broncos no Mile High em grande atuação da defesa conseguiu. O defeito é que a defesa não tem se apresentado tão bem quanto um time de Super Bowl costuma ter nas primeiras quatro semanas, precisando melhorar.
- Saints: Drew Brees e seu jogo aéreo quebrador de recordes históricos dispensa apresentações. A diferença do time do Saints desde o ano passado, que os levou aos playoffs e deve os levar novamente é que agora a defesa não desfaz tudo que o ataque fez. Além disso, o jogo aéreo (com Michael Thomas de principal alvo) não é mais o único protagonista. O running back Alvin Kamara é um verdadeiro fenômeno. Não é normal um time perder um running back do nível de Mark Ingram (suspensão) e ainda assim melhorar, mas Kamara é bom assim. Com muito atleticismo, ele consegue se esgueirar entre marcações e conquistar jardas que parecem completamente impossíveis a primeira vista. O ataque explosivo do Saints, combinado com uma defesa que não faça água exageradamente, faz com que seja um time que pode vencer qualquer adversário em qualquer semana de atuações felizes dos seus destaques.
- Jaguars: O time de Jacksonville é uma espécie em extinção na NFL: uma equipe que vence jogos graças a sua defesa. Em uma liga que cada vez mais protege os quarterbacks e o jogo aéreo, os placares foram ficando cada vez mais dilatados e as faltas defensivas mais frequentes. Não é assim que os Jaguars operam. Com um QB que é apelidado pela imprensa norte-americana de Dr. Jekyll and Mr. Hide, nunca se sabe qual Blake Bortles teremos em campo. Leonard Fournette, running back, é um destaque do ataque, mas é a defesa que faz a diferença para os Jaguars. Jalen Ramsey, Dante Fowler e Myles Jack lideram esse time. Ano passado, os Jaguars perderam no detalhe a final da AFC para os Patriots, após eliminar os Steelers. Se o time conseguir estar em boa fase em dezembro e janeiro e contar com a sorte de ter o Dr. Jekyll em campo nos momentos certos, pode ir até mais longe esse ano.